agito as mãos em gesto de descompressão, junto os dedos da mão direita aos pares da mão esquerda, falange com falange, estalo-os. fecho as mãos em punho, os nós ficam brancos até me soltar de novo.
pego na minha guitarra acústica Fender, negra - qual Johnny Cash - sinto-lhe as curvas, a madeira macia envernizada. olho para as tarachas cromadas, quais espelhos de um desejo e depois as cordas de bronze, passo suavemente o indicador pela primeira corda e faço-o deslizar... sinto a textura metálica sibilar pela divisão e pelo meu âmago.
agarro com a mão esquerda o braço da guitarra e abraço o seu corpo ao meu... somos um. coloco os meus sentidos sobre as cordas e pressiono-as contra a matéria, agarro a palheta e deixo-a cair sobre as cordas estranguladas por uns dedos agora desinibidos, numa dança cumplíce.
soltam-se os acordes.
BellaMafia
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
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2 comentários:
"Dá-lhe, Falâncio!"
Bellissima Mafioza, tu não sabes é o Falancio, vai uma pista: Turuturuturuturu tu Turuturuturuturu tu!
Quando souberes mandares umas guitarradas podes sair do quarto!
Beijoooo sis
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