terça-feira, maio 02, 2006

Carta de amor

estou afogueada, bate na mesa de vidro temperado o sol das quatro, mas não bate quente, é uma qualquer reacção em mim que me denutre... fecho os olhos e pergunto-me que falta terei. à mente assolam-me pensamentos teus, rasgo um sorriso na cara quando te revejo na praia a gelar com o frio das águas de Maio... é a saudade, sim a saudade que me afronta o estar, quero-te perto mas tenho-te longe. olho-te pelos olhos de Deus, não há figura mais perfeita que a tua e a suspeita de imperfeição é o gesto obsequiante do ser divino.
sustenho a respiração, passou mais um minuto... outro segundo... o tempo leva-me a ti e eu deixo-me ir. o caminho é tão longo... tenho medo de me perder no desvaire da vontade, mas tu tiras-me os pés do chão e deixas-me voar sem medo do ontem, do hoje, do amanhã.
receio abrir os olhos para não te encontrar lá. sem ti visto um manto de nada... sou a tua ausência, uma sombra num dia sem luz, um sonho sem lar.
como um medley que anseia pelo suspiro da audiência, continuo à espera da tua aparição, sei que será para breve a reunião, mas até lá...
vivo cumplice com a vida e tu és a unica testemunha. vem, vem depressa e fica.

"This one's dedicated to the one i love"
Joao Ribeiro

BellaMafia

2 comentários:

Anónimo disse...

Por vezes nesta vida palavras não são tudo para se poder satisfazer um desejo ou um amor próprio,mas com todos estes desejos tão bonitos e amorosos,parece-me mesmo um cantico de amor sentido... só me resta ficar sem palavras e olhar para elas como um alguém que amo do fundo do coração e que quero partilhar a minha vida sem um fim...adorei meu amor... beijoes de alguém que nunca se esquece de ti !!! J.R

individualidades disse...

que todos possamos amar assim..as maiores felicidades, sentidas

um beijo

Ana