terça-feira, maio 15, 2007

Vestir o negro

visto-me de negro sem preconceitos.
visto a dor e o medo quais ornamentos
de uma vida sôfrega de preceitos.
adula-me escuridão, pertenço-te...

escrevo drama em folhas de paixão pura,
com letra mendiga e cadência oculta.
chamam-me viúva da certeza e da sorte:
- valha-me a escura e obséquia morte!

e porque visto o negro sem preconceitos,
veste fria e mórbida, o tédio... pertenço-te solidão.

BellaMafia

1 comentário:

Anónimo disse...

"minha querida... não-não estou "com desejos de morte! um poeta veste muitos papéis..."

(La BellaMafia, relativo a "vestir o negro")

muita verdade!
poesia de Ardina?
ja não!next..

beijo!

Sis Ana